O CORPO NA DANÇA COM LAURA SAMY
As aulas propõe a experimentação de diferentes mobilidades no corpo através de exercícios dirigidos que estimulam a percepção e a investigação. O trabalho se desenvolve a partir das sensações que produzimos ao articulamos gesto, rítmo, espaço e imaginação com o intuito de orientar os alunos na construção de danças e de outros espaços de sensibilidade.
4 dias de oficina com 2h de duração. Total = 8 horas
Dias 1 e 2:
Exercícios de investigação de diferentes estruturas no corpo: articulações, ossos, massa muscular e pele. Experimentação do gesto ou movimento em relação ao espaço: noções de traço, volume, peso e profundidade/distância.
Dias 3 e 4:
Experimentação entre gesto, movimento e espaço, através da diferenciação entre possíveis superfícies espaciais aonde o gesto ou movimento podem se inscrever.
Palavras chave: concentração, distração, memória, desistência, rítmo, pulso, intensidade, força, espacialidade, intenções.
Laura Samy (1971), trabalha no campo da dança e das artes da cena como intérprete, performer e criadora desde 1986 ano de sua primeira formação profissional. Ao longo de sua trajetória artística transita do balé clássico à dança contemporânea colaborando com coreógrafos e diretores em projetos de dança, e de artes da cena em geral. Entre 2008 e 2016 atende ao curso de graduação em Teoria do Teatro na Unirio, período no qual amplia suas possibilidades de atuação no campo artístico em que se insere. A partir dessas experiências e em paralelo ao seu trabalho artístico, vem praticando o ensino na área da dança e do teatro, com workshops, cursos regulares e inclusive ministrando aulas de formação para adolescentes junto ao projeto Uzina/Escola Sesc de Ensino Médio (ESEM).
Depoimento
Em anos de prática como performer e criadora no campo da dança e das artes da cena procuro exercitar com os alunos a percepção de que a dança se constrói a partir dos ensinamentos técnicos mas também do estímulo à investigação das relações que acontecem entre as matérias do corpo e os sentidos que criamos ao nos movermos – em relação ao outro, em relação às sensações que trazemos inscritas em nossos corpos e em relação àquilo que desejamos mover. Num sentido mais amplo aquilo que movemos no campo do pensamento. A partir dessa investigação surgem as afinidades, os desafios e os motores essenciais ao aprendizado. Nesses anos de trabalho como professora tenho experimentado a construção de relações de cumplicidade com os alunos durante as aulas e muitos deles respondem ao trabalho com bastante afinco, o que me estimula a manter esse espaço de transmissão através do ensino como parte essencial da minha existência como artista e portanto educadora.
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